Gerir por competências é valorizar o ser humano e assim gerar mais resultados para a organização. É distinguir o individuo a partir do que ele tem de melhor para entregar e reconhecê-lo por isto.
A mudança, inexorável, vem cada dia mais rápida em todos os cenários e principalmente nas organizações. Nessa revolução há perdas, mas temos também ganhos. Um considerável é a forma como passa a ser tratado o indivíduo no mundo dos negócios. Antes tratado como recurso, ele passa a ser visto como o fator básico para o sucesso do negócio. Reconhece-se finalmente que as pessoas buscam sentido, reconhecimento e o espírito mais profundo das atividades com as quais têm que lidar.
O processo de globalização e o avanço tecnológico que faz com que a obsolescência se dê mais rapidamente. Aliados à concorrência a cada dia mais acirrada e difícil, as cobranças do cliente e da sociedade sempre mais exigentes e os cuidados a serem tomados com o ambiente; dentre tantos outros fatores, fazem com que seja necessário um gerenciamento mais complexo e eficaz do ser humano organizacional.
É aí que entra a gestão por competências. Elas, inerentes aos seres humanos, passam a ser o fator que distingue os profissionais na instituição. Por isto, para melhor compreendê-las é importante termos, em primeiro lugar, um olhar interno, para depois verificarmos, no ambiente, como as estamos usando para fazer as coisas. Quem não se conhece, ou se conhece mal, tem dificuldades em reconhecer em si as competências. Isto gera duas situações: A super avaliação ou o considerar-se como “incompetente”.
Não dá para também tratar das competências sem que se tenha muita clareza do “negócio” no qual se está inserido. Qual é o negócio? É esta a pergunta chave na gestão por competências. Esta resposta, que parece simples, contém armadilhas. Respondê-la requer reflexão e resposta coletiva, vinda desde a alta direção, eis que é ela quem tem a missão de a tornar clara para todos os empregados.
Identificar as competências essenciais e diferenciadoras do negócio, as técnicas e da liderança, bem como aquelas que podemos chamar de relação e que devem compor o perfil de todos os empregados, será a continuidade natural do processo de implantação da gestão das pessoas por competências.
A área de recursos humanos costuma sofrer da tentação de fazer este levantamento internamente com o seu pessoal. Este pode ser um erro que lhe custará caro mais adiante, pois que terá dificuldades grandes para comprometer a organização com as competências que forem identificadas. Implantar gestão por competências é um trabalho, demandado pela alta organização, liderado pelo RH e que precisa ser considerado como tarefa prioritária da organização toda.